domingo, 7 de junho de 2015

Água nas metrópoles brasileiras

O Atlas Brasil de Abastecimento Urbano, publicado pela Agência Nacional de Águas (ANA), revela que das 29 Regiões Metropolitanas do Brasil, apenas a Região de Campo Grande apresenta abastecimento satisfatório. As demais 28 Regiões Metropolitanas requerem novo sistema de abastecimento ou ampliação do sistema atual.
O porte de investimento para regularizar a situação é da ordem de R$ 9,7 bilhões, sendo que os três maiores investimentos são para as Regiões Metropolitanas de São Paulo (R$ 4,07 bilhões), Distrito Federal (R$ 861 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 837,4 milhões).
Na Região Sul, Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba requerem novos mananciais para manutenção da segurança hídrica da população, com necessidade de investimento total de R$ 394 milhões.
A Região Sudeste é a que necessita maior porte de investimento, totalizando R$ 5,43 bilhões, com as Regiões Metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro apresentando as situações mais críticas, próximas do colapso.
A Região Nordeste, por sua vez, necessita de investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhões, aparecendo a Região Metropolitana de Fortaleza como a de maior necessidade de investimento.
Na Região Centro-Oeste os investimentos necessários são da ordem de R$ 1,21 bilhões, com o maior porte de investimento voltado para a Região Metropolitana do Distrito Federal.
Para a Região Norte, os investimentos necessários para a garantia da segurança hídrica da população somam valores da ordem de R$ 1,08 bilhões, tendo a Região Metropolitana de Manaus com a de maior necessidade de investimento.
Pela magnitude dos investimentos e pela complexidade do problema, que exige a implementação de obras de grande porte, faz-se necessário um planejamento com visão de longo prazo, porém com ações imediatas, sem quebra de continuidade, para que a população urbana das metrópoles brasileiras tenha as suas necessidades atendidas.