Água: desperdício na distribuição
O tema DESPERDÍCIO DE ÁGUA desperta muito interesse, porém a sua discussão costuma ser pouco aprofundada.
O tema DESPERDÍCIO DE ÁGUA desperta muito interesse, porém a sua discussão costuma ser pouco aprofundada.
A poluição dos rios e mares com material plástico é um problema ainda muito mal resolvido. Melhor seria dizer: um problema ainda não resolvido!
E quando falamos nesse grave problema ambiental, já sabemos de antemão onde está a sua raiz. Todos sabemos, está no ser humano. Está no dono de indústrias que descartam de modo inadequado o seu lixo plástico; está nos administradores públicos que não implementam sistemas de coleta, tratamento e descarte adequado dos plásticos gerados e utilizados nos centros urbanos; está nos legisladores que não trabalham proativamente para a implementação de leis que coíbam efetivamente o descarte inadequado de plásticos nos corpos d’água (riachos, rios, lagoas, oceanos); está no turista irresponsável que não respeita o meio ambiente; e está no cidadão desinformado que, por pura comodidade, descarta o seu lixo doméstico e seus plásticos em locais impróprios.
Como resultado dessa postura irresponsável, a quase totalidade dos rios que passam por centros urbanos e os oceanos estão literalmente “encharcados” de plásticos. Nos dois hemisférios do planeta, nos países ricos e pobres, o problema se repete: os resíduos plásticos poluem quase todos os mananciais água da nossa combalida Terra.
Apesar das várias iniciativas voltadas para a despoluição de alguns corpos d’água, falta uma Ação Global de coleta, tratamento e destinação final adequada do lixo plástico.
Em ação já iniciada, o Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) iniciou um projeto, com apoio técnico do Google para combater a poluição por plásticos, usando a ciência cidadã e as tecnologias de “machine learning”.
Essa parceria está começando com a análise de resíduos no rio Mekong, na Tailândia, um dos rios mais poluídos do mundo. Segundo artigo publicado na ONU News, “a ação de computadores deve ajudar a criar um novo modelo para uma visão mais clara e precisa sobre a poluição plástica no rio Mekong”. Em termos objetivos, pretende-se identificar os locais de descarte de material plásticos, através de “dados geoespaciais”.
Os resultados desses levantamentos, com o georreferenciamento dos locais de descarte, poderão ser usados por governos em níveis local e nacional para determinar o rumo das políticas e os recursos para evitar a poluição dos rios por resíduos plásticos.
Vale ressaltar que não basta a implementação de alternativas técnicas para a solução do problema. É necessário para a efetividade de qualquer iniciativa de despoluição o envolvimento de todos os segmentos econômicos e sociais. Somente com a ação conjunta de todos é que alcançaremos um resultado positivo e definitivo.