quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Qualidade de vida e qualidade da água

A qualidade de vida não se restringe às condições econômicas de uma pessoa, família ou comunidade.
 
 
A qualidade de vida não se resume às facilidades tecnológicas que uma pessoa pode ter acesso.
 
 
A qualidade de vida não é medida pela capacidade de compra de uma determinada pessoa.
 
 
A qualidade de vida começa nas condições de atendimento das nossas “Necessidades Higiênicas”.
 
 
O que são “Necessidades Higiênicas”?
 
 
Também conhecidas como “Necessidades Fisiológicas”, constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, mas de vital importância. Compreende, pois, às necessidades de alimentação (fome e sede), de sono e repouso (cansaço) e de abrigo (frio e calor), dentre outras. Essas necessidades estão relacionadas com a sobrevivência e com a preservação da espécie.
 
 
Quando alguma destas necessidades está insatisfeita (como por exemplo, a fome), o ser humano não pensa em outra coisa.
 
 
A necessidade de matar a sede, por exemplo, tem ação direta sobre a qualidade de vida de uma pessoa. Se, por algum motivo, essa pessoa só tem acesso a água contaminada ela terá como resposta imediata o comprometimento da sua saúde.
 
 
Portanto,a água não é apenas um elemento vital para matar a nossa sede. Ela é também um elemento fundamental para a nossa qualidade de vida.
 
 
Sem água também não existe condições de se plantar ou produzir alimentos, e sem alimentos saudáveis nossa qualidade de vida está inexoravelmente comprometida.
 
 
Se o alimento é produzido a partir de água contaminada, teremos alimentos naturalmente contaminados (algo que está acontecendo em larga escala - a utilização de pesticidas nos produtos hortifrutigranjeiros, que colocam no mercado frutas e hortaliças altamente contaminadas).   
 
 
Fica, então, esse alerta: pensar em qualidade de vida passa necessariamente pela questão da qualidade da água a que temos acesso. Lembrando ainda que até para o lazer a água desempenha papel fundamental. E lazer também está intimamente relacionado com a nossa qualidade de vida.

sábado, 12 de outubro de 2013

A importância da água para as crianças

A criança ao nascer é constituída de aproximadamente 79% de água.
Nas primeiras semanas de vida, a percentagem de água no seu corpo varia de 70 a 75%.
A partir do primeiro ano de vida essa quantidade de água se estabiliza na casa dos 65%.

Um bebê que é amamentado não necessita de água, chá ou suco. O leite materno oferece ao bebê até os seis meses de idade quantidade de água suficiente para sua hidratação.

Para os bebês alimentados com fórmulas, leite de vaca ou então que já passaram dos seis meses e que estão se alimentando de outros alimentos, a oferta de água é extremamente necessária para hidratá-los.

Ofereça água quando a criança estiver acordada. Deve-se aumentar a oferta de líquidos nos dias quentes e quando o bebê estiver com febre.

Crianças precisam mais de água do que um adulto, pois são mais susceptíveis ao stress por calor já que possuem pouca massa corporal e com isso absorvem mais calor.

Também tem uma menor capacidade de suar que os adultos, tendo assim menos capacidade de dissipar o calor do corpo.

Crianças que realizam atividade física merecem maior atenção, especialmente em temperaturas quentes. Ofereça água constantemente, pois os pequenos são menos sujeitos a sentir sede durante uma atividade e podem não sentir a necessidade de beber água mesmo quando o corpo precisa.

A água se faz necessária para o crescimento das crianças e para o melhor funcionamento do organismo, melhorando as funções dos rins, bexiga e intestino.
As crianças devem beber pelo menos quatro copos com água fervida ou filtrada para garantir a harmonia do seu corpo.
A boa hidratação da criança previne a prisão de ventre, pois a água melhora o trânsito intestinal e umidifica as fezes.

As mamães nunca devem esquecer que seus filhos necessitam repor líquidos mais cedo e com maior freqüência e que eles não tomam instintivamente a quantidade suficiente de líquidos para repor a água perdida. Portanto, água neles!

Autor: Bruno Rodrigues
Fonte: HTTP://guiadobebe.uol.com.br

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O quadro crítico das águas no Brasil

Como se distribui o uso da água no Brasil?
 
Os estudos mais atualizados sobre a utilização dos recursos hídricos no território brasileiro apontam para a seguinte distribuição:

O AGRONEGÓCIO responde por cerca de 70% do consumo de água; A Indústria consome 20%; restando apenas 10% da disponibilidade hídrica para os demais usos como: geração de energia, pesca, turismo e consumo humano.

Esse quadro desequilibrado de acesso aos recursos hídricos se agrava pela seguinte situação:

- 5% das reservas superficiais de água estão nas regiões que concentram cerca de 78% da população;

- 80% dessas reservas superficiais encontram-se em regiões onde concentra-se apenas 5% da população.

Hoje, no Brasil, mais de 15% da população não tem qualquer acesso natural a mananciais de água potável.

A contaminação dos cursos d’água continua crescendo no Brasil. Projeta-se que nos próximos dez anos, caso essa tendência não se reverta, cerca de 90% das águas superficiais estarão impróprias para o consumo humano. Ressalta-se que atualmente mais de 70% já é imprópria para consumo.

O preocupante é que inexiste uma política pública séria para gestão dos riscos de escassez de água no Brasil, que se agravam cada vez mais.

As áreas de fontes e nascentes já estão nas mãos de grandes corporações.  

Com o crescimento vertiginosamente do consumo de água engarrafada, que muitas vezes são indevidamente rotulada como “mineral”, é gerada uma condição de risco para os consumidores uma vez que as deficiências de fiscalização não garantem a qualidade efetiva dessas águas.
 
E as ameaças não param por aí.

Fonte: O relatório “O ESTADO REAL DAS ÁGUAS E DA BIODIVERSIDADE NO BRASIL 2004/2008”, editado pela DEFENSORIA DA ÁGUA