sábado, 26 de julho de 2014

Osmose reversa - uma alternativa para matar a sede

Tirar o sal da água. Retirar água potável das águas salgadas. Essa é uma opção factível, se considerarmos as tecnologias disponíveis para esse fim. Acontece que tais tecnologias ainda são relativamente muito caras, para a produção de água potável em larga escala.

Nos tempos atuais, a tecnologia mais utilizada e mais comercializada é a “Osmose Reversa”. O processo é relativamente simples: basta passar a água salgada através de uma membrana de filtração que teremos, de um lado água salinizada e do outro água doce. Por que o nome é “Osmose Reversa”? Porque a “Osmose” é um fenômeno natural que ocorre, por exemplo, no interior do nosso corpo, onde as moléculas de água se deslocam de uma solução menos salina para uma solução mais salina, passando por uma membrana filtradora. O efeito da osmose tem numerosas aplicações e é um uma das causas dos processos de intercâmbio na nutrição das células animais e vegetais. Portanto, o nome “Osmose Reversa” representa o deslocamento das moléculas de água no sentido contrário, da solução mais salina para a solução menos salina. Esse deslocamento forçado das moléculas de água através da membrana filtradora ocorre quando nós aumentamos a pressão no compartimento que contém a água salgada e que esteja separado de outro compartimento através de uma membrana permeável.

Essa tecnologia da “Osmose Reversa” é utilizada, por exemplo, nos modernos transatlânticos, para a produção de água doce a partir da água do mar. Em muitas ilhas onde existe falta de água doce, as comunidades são abastecidas com água potável produzida a partir da água do mar. Existem usinas operantes no Golfo Pérsico, Espanha, Malta, Austrália e Caribe convertendo 4,8 bilhões de metros cúbicos de água do mar em água doce. No interior do Rio Grande do Norte, onde tem muita carência de água, existem estações dessalinizadoras que produzem água doce para pequenas comunidades a partir de águas salinizadas retiradas do subsolo.

Mas nem tudo são flores. Além de ser ainda uma tecnologia cara, a “Osmose Reversa” gera uma salmora super concentrada de sais que precisa ser descartada ao final do processo. Isso porque as “células dessalinizadoras” só conseguem transformar em água doce, em média, cinqüenta por cento da água tratada. Ou seja, de cada cem litros de água salgada apenas cinqüenta litros correspondem à água doce produzida por uma “célula dessalinizadora”. No caso dos navios transatlânticos, esse resíduo é descartado no próprio mar. No caso das estações de tratamento terrestres, a disposição adequada desse resíduo traz sempre preocupações ambientais.

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