Ninguém ficará imune às mudanças climáticas
A declaração do presidente do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é contundente: "Ninguém ficará imune à mudança climática". O relatório publicado na semana passada (31/03) em Yokohama, no Japão, diz com todas as letras que a população do planeta está ameaçada.
É hora dos governantes e administrados públicos fazerem as suas escolhas: priorizar os trabalhos de prevenção e readequação dos processos produtivos e de alocação das comunidades em áreas seguras ou pagar o preço de gerenciar catástrofes.
As mudanças climáticas vão afetar de forma significativa a agricultura, os ecossistemas, o abastecimento de água e grande parte da indústria, principalmente daquelas que são dependentes de água. No prazo de vinte anos a face do planeta estará mudada significativamente. Vastas áreas de desertificação serão uma realidade e fortes alterações ocorrerão na regiões costeiras.
Segundo o relatório do IPCC, as mudanças climáticas vão afetar a saúde, a habitação, a alimentação e a segurança da população no planeta. Ocorrerão intensos movimentos migratórios com aumentos nos conflitos internacionais.
As ações contra desastres naturais precisam começar já, pois as enchentes e ondas de calor estarão entre os principais fatores causadores de morte de pessoas. Segundo o Secretário-Geral da Onu, é preciso agir com rapidez e ousadia em todos os níveis.
Hora de nos perguntarmos: como o governo brasileiro, nas esferas federal, estadual e municipal, está encarando essa ameaça? Como ajustar os centros urbanos para essa nova realidade? Que ações precisam ser tomadas para proteção das áreas agrícolas do país? Qual a adequação do parque industrial brasileiro frente às mudanças climáticas?
Em suma: vamos agir ou ficar dormindo em berço esplêndido?
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