A crise da água: o que falta fazer?
Falta água para abastecer a
região metropolitana de São Paulo. Falta água para matar a sede secular do povo
nordestino que habita a região do Cariri. E a demanda de água só aumenta,
acompanhando o crescimento das cidades, acompanhando a ampliação do agro-negócio
nesse país de dimensões continentais. Á água que falta no Sistema Cantareira,
por sua vez, alaga o Rio de Janeiro, em dias de temporal, alaga também quase
todo o estado do Acre e suas cidades ribeirinhas.
O clima do planeta está mudando.
As referências históricas que davam suporte ao gerenciamento dos recursos hídricos
não garantem mais um planejamento seguro. Com os recursos tecnológicos atuais
já é sabido que o “aquecimento do planeta” é uma realidade. Também é sabido que
o padrão de consumo adotado pelos países desenvolvidos e em desenvolvimento já
ultrapassaram a capacidade do planeta.
Segundo o sociólogo e pensador
polonês Zygmunt Bauman, “o problema
não é a nossa falta de conhecimento, mas a falta de um agente capaz de fazer o
que o conhecimento nos diz ser necessário fazer, e urgentemente. Por exemplo:
estamos todos conscientes das conseqüências apocalípticas do aquecimento do
planeta. E todos estamos conscientes de que os recursos planetários serão
incapazes de sustentar a nossa filosofia e prática de “crescimento econômico
infinito” e de crescimento infinito do consumo. Sabemos que esses recursos
estão rapidamente se aproximando de seu esgotamento. Estamos conscientes — mas
e daí? Há poucos (ou nenhum) sinais de que, de própria vontade, estamos
caminhando para mudar as formas de vida que estão na origem de todos esses
problemas.”
Voltando à crise da água que ameaça a qualidade de vida dos paulistanos, é
notória a necessidade de se readequar o sistema de armazenamento e distribuição
de água para a população. Uma nova estrutura precisa ser implementada, para dar
sustentabilidade ao Sistema de Água Potável que abastece a região metropolitana
de São Paulo. Esse projeto precisa ser iniciado já, uma vez que a sua
implementação levará tempo (pelo menos cinco anos). Em paralelo a isso, é
preciso investir forte na formação de uma consciência de proteção dos manaciais
e de uso otimizado da água, evitando o desperdício. O consumidor de água
precisa adotar um novo papel, o papel de “cuidador” dos recursos hídricos. Pois
é preciso cuidar para não faltar.
O que estamos vendo acontecer em São Paulo, hoje, está muito próximo de se
repetir nas demais metrópoles brasileiras (Porto Alegre, Rio de Janeiro,
Salvador, Recife, Natal, Fortaleza). O aquecimento do planeta precisa entrar na
equação do planejamento no Brasil.
2 Comentários:
Olá João,
Sou pedagoga , professora aqui em São Paulo do Colégio Santa Maria e o assunto do dia é a água. Todos os dias fazemos um acompanhamento do níveis das represas e fazemos discussões que possam conscientizar a comunidade escolar para a prática da economia da água. Parabéns por tudo!Estamos de olho! Ariete Fernandes
Olá João,
Sou pedagoga , professora aqui em São Paulo do Colégio Santa Maria e o assunto do dia é a água. Todos os dias fazemos um acompanhamento do níveis das represas e fazemos discussões que possam conscientizar a comunidade escolar para a prática da economia da água. Parabéns por tudo!Estamos de olho! Ariete Fernandes
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