domingo, 9 de março de 2014

A crise da água: o que falta fazer?

Falta água para abastecer a região metropolitana de São Paulo. Falta água para matar a sede secular do povo nordestino que habita a região do Cariri. E a demanda de água só aumenta, acompanhando o crescimento das cidades, acompanhando a ampliação do agro-negócio nesse país de dimensões continentais. Á água que falta no Sistema Cantareira, por sua vez, alaga o Rio de Janeiro, em dias de temporal, alaga também quase todo o estado do Acre e suas cidades ribeirinhas.

O clima do planeta está mudando. As referências históricas que davam suporte ao gerenciamento dos recursos hídricos não garantem mais um planejamento seguro. Com os recursos tecnológicos atuais já é sabido que o “aquecimento do planeta” é uma realidade. Também é sabido que o padrão de consumo adotado pelos países desenvolvidos e em desenvolvimento já ultrapassaram a capacidade do planeta.

Segundo o sociólogo e pensador polonês Zygmunt Bauman, “o problema não é a nossa falta de conhecimento, mas a falta de um agente capaz de fazer o que o conhecimento nos diz ser necessário fazer, e urgentemente. Por exemplo: estamos todos conscientes das conseqüências apocalípticas do aquecimento do planeta. E todos estamos conscientes de que os recursos planetários serão incapazes de sustentar a nossa filosofia e prática de “crescimento econômico infinito” e de crescimento infinito do consumo. Sabemos que esses recursos estão rapidamente se aproximando de seu esgotamento. Estamos conscientes — mas e daí? Há poucos (ou nenhum) sinais de que, de própria vontade, estamos caminhando para mudar as formas de vida que estão na origem de todos esses problemas.”

Voltando à crise da água que ameaça a qualidade de vida dos paulistanos, é notória a necessidade de se readequar o sistema de armazenamento e distribuição de água para a população. Uma nova estrutura precisa ser implementada, para dar sustentabilidade ao Sistema de Água Potável que abastece a região metropolitana de São Paulo. Esse projeto precisa ser iniciado já, uma vez que a sua implementação levará tempo (pelo menos cinco anos). Em paralelo a isso, é preciso investir forte na formação de uma consciência de proteção dos manaciais e de uso otimizado da água, evitando o desperdício. O consumidor de água precisa adotar um novo papel, o papel de “cuidador” dos recursos hídricos. Pois é preciso cuidar para não faltar.

O que estamos vendo acontecer em São Paulo, hoje, está muito próximo de se repetir nas demais metrópoles brasileiras (Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza). O aquecimento do planeta precisa entrar na equação do planejamento no Brasil.

2 Comentários:

Às 1 de maio de 2014 às 19:16 , Blogger Unknown disse...

Olá João,
Sou pedagoga , professora aqui em São Paulo do Colégio Santa Maria e o assunto do dia é a água. Todos os dias fazemos um acompanhamento do níveis das represas e fazemos discussões que possam conscientizar a comunidade escolar para a prática da economia da água. Parabéns por tudo!Estamos de olho! Ariete Fernandes

 
Às 1 de maio de 2014 às 19:17 , Blogger Unknown disse...

Olá João,
Sou pedagoga , professora aqui em São Paulo do Colégio Santa Maria e o assunto do dia é a água. Todos os dias fazemos um acompanhamento do níveis das represas e fazemos discussões que possam conscientizar a comunidade escolar para a prática da economia da água. Parabéns por tudo!Estamos de olho! Ariete Fernandes

 

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