Da água que nos cabe: reflexões em tempos de festas
Você sabia que a ONU proclamou o período de 2005 a
2015 como a Década Internacional para
Ação “Água, Fonte de Vida”?
Como reforço às ações de proteção dos recursos
hídricos e de acessibilidade à água de boa qualidade, o ano de 2013 foi escolhido pela ONU para ser
o “Ano internacional de Cooperação pela Água”.
Segundo a resolução que instituiu essa orientação de
caráter global, duas abordagens deveriam ser levadas em consideração, quais
sejam:
Uma
abordagem da cooperação pela água inclusiva e em múltiplos níveis.
As questões sobre a gestão de recursos hídricos devem ser tratadas
adequadamente nos níveis local, nacional, regional e internacional. Todas as
partes interessadas, incluindo as organizações governamentais e internacionais,
o setor privado, a sociedade civil e as universidades, devem engajar-se,
dedicando atenção especial aos meios de vida das pessoas mais pobres e mais
vulneráveis. De modo geral, decisões sobre aspectos sociais, políticos e
econômicos devem ser tomadas de forma a buscar um equilíbrio e distribuir de
forma justa a alocação dos recursos, sempre considerando os limites biofísicos
do meio ambiente.
Abordagens
inovadoras de cooperação pela água. É crucial
mobilizar, em nível mundial, a vontade política e o comprometimento com as
questões da água. Igualmente importantes são a visão de futuro e a boa vontade
para considerar caminhos inovadores para abordar a cooperação nos níveis local,
regional e internacional. Promover uma cultura de consultas e aumentar
capacidades participativas são ações que poderão ocasionar benefícios em todas
as áreas, incluindo a gestão colaborativa de recursos hídricos.
Segundo os estudos conduzidos pelas Nações Unidas, “a
história tem mostrado que a natureza vital da água doce é um grande incentivo
para a cooperação e o diálogo, obrigando as partes interessadas a se
reconciliarem, até mesmo nos pontos de vista mais divergentes. Frequentemente,
a água une mais do que divide as pessoas e as sociedades.”
Cabem aqui alguns alertas que reforçam a necessidade
da participação de todos os segmentos da sociedade civil organizada nessa luta
pela acessibilidade à água de boa qualidade. São eles:
- Juntos, a água não limpa e as más condições de saneamento,
constituem a segunda maior causa de mortalidade infantil no mundo.
- Foi calculado que 443 milhões de dias de aulas são
perdidos todos os anos devido a doenças relacionadas com a água.
- A distância média que as mulheres na África e na
Ásia têm de andar para recolher água são 6 quilómetros .
- O saneamento inadequado, as más condições de
higiene e beber água não segura contribuem para 88% das doenças diarréicas. (Fonte:
OMS. Riscos Globais para a Saúde: Mortalidade e o Fardo da Doença Atribuível a
Determinados Riscos Principais).
Feliz 2014 para todos os leitores de "Pedagogia da Água".
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial