sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Da água que nos cabe: reflexões em tempos de festas


Você sabia que a ONU proclamou o período de 2005 a 2015 como a  Década Internacional para Ação “Água, Fonte de Vida”?

Como reforço às ações de proteção dos recursos hídricos e de acessibilidade à água de boa qualidade,  o ano de 2013 foi escolhido pela ONU para ser o “Ano internacional de Cooperação pela Água”. 

Segundo a resolução que instituiu essa orientação de caráter global, duas abordagens deveriam ser levadas em consideração, quais sejam:

Uma abordagem da cooperação pela água inclusiva e em múltiplos níveis. As questões sobre a gestão de recursos hídricos devem ser tratadas adequadamente nos níveis local, nacional, regional e internacional. Todas as partes interessadas, incluindo as organizações governamentais e internacionais, o setor privado, a sociedade civil e as universidades, devem engajar-se, dedicando atenção especial aos meios de vida das pessoas mais pobres e mais vulneráveis. De modo geral, decisões sobre aspectos sociais, políticos e econômicos devem ser tomadas de forma a buscar um equilíbrio e distribuir de forma justa a alocação dos recursos, sempre considerando os limites biofísicos do meio ambiente.

Abordagens inovadoras de cooperação pela água. É crucial mobilizar, em nível mundial, a vontade política e o comprometimento com as questões da água. Igualmente importantes são a visão de futuro e a boa vontade para considerar caminhos inovadores para abordar a cooperação nos níveis local, regional e internacional. Promover uma cultura de consultas e aumentar capacidades participativas são ações que poderão ocasionar benefícios em todas as áreas, incluindo a gestão colaborativa de recursos hídricos. 

Segundo os estudos conduzidos pelas Nações Unidas, “a história tem mostrado que a natureza vital da água doce é um grande incentivo para a cooperação e o diálogo, obrigando as partes interessadas a se reconciliarem, até mesmo nos pontos de vista mais divergentes. Frequentemente, a água une mais do que divide as pessoas e as sociedades.”

Cabem aqui alguns alertas que reforçam a necessidade da participação de todos os segmentos da sociedade civil organizada nessa luta pela acessibilidade à água de boa qualidade. São eles:

- Juntos, a água não limpa e as más condições de saneamento, constituem a segunda maior causa de mortalidade infantil no mundo. 

- Foi calculado que 443 milhões de dias de aulas são perdidos todos os anos devido a doenças relacionadas com a água. 

- A distância média que as mulheres na África e na Ásia têm de andar para recolher água são 6 quilómetros .

- O saneamento inadequado, as más condições de higiene e beber água não segura contribuem para 88% das doenças diarréicas. (Fonte: OMS. Riscos Globais para a Saúde: Mortalidade e o Fardo da Doença Atribuível a Determinados Riscos Principais).


Feliz 2014 para todos os leitores de "Pedagogia da Água".

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