quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A sede que assola o planeta

Relatórios das Nações Unidas (ONU) sobre a questão da sede no mundo revelam dados alarmantes:

Cerca de 18% da população mundial não tem acesso a água potável (mais de um bilhão de habitantes);

Projeta-se que mais de 5,5 bilhões de pessoas poderão não ter acesso a água limpa em 2025;

Se as tendências não forem revertidas, apenas um quarto da humanidade poderá dispor de água para satisfazer plenamente as suas necessidades.
 
As populações que habitam as áreas mais áridas da Terra vivem o que se chama "estresse hídrico". Esse fenômeno é causado pela conjunção de fatores ambientais, como falta de chuvas, e fatores socio-econômicos, como crescimento demográfico alto, que levam ao desequilíbrio entre a disponibilidade de água e a quantidade consumidores (gente demais para água de menos).
 
A China enfrenta uma crise gigantesca de recursos hídricos. Do total de 660 cidades chinesas, metade já sofre com a escassez e em 100 delas a falta de água é extrema.
 
A distribuição irregular de água potável no planeta é conhecida pela maioria das pessoas. Para ilustrar esse desequilíbrio, basta dizer que enquanto um canadense pode gastar até 600 litros de água por dia, um africano dispõe de menos de 30 litros para beber, cozinhar, fazer a higiene, limpar a casa, irrigar a plantação e sustentar os rebanhos.
 
A água também é foco de conflitos seculares. Segundo a ONU, existem mais de 200 bacias hidrográficas disputadas ou compartilhadas por 145 países. O Oriente Médio, por exemplo, é uma região onde a água é disputada a bala. Há décadas, israelenses, palestinos, sírios e jordanianos brigam por água. As Nações Unidas monitoram mais de 40 conflitos internacionais que têm como motivo a água.
 
A escassez de água em muitas regiões não se deve exclusivamente a fatores climáticos (pouca chuva). Em muitos casos, a água falta pelo mau uso que se faz dela. Estima-se que no mundo, de cada 100 litros de água utilizados, 60 se percam por causa de maus hábitos ou utilização de técnicas ineficientes. No Brasil, por exemplo, o desperdício de água varia entre 40 e 65% só nas redes de distribuição de água potável.
 
O problema da falta d'água é uma realidade enfrentada por muitos brasileiros, particularmente pelas classes menos favorecidas economicamente. Falta água na região do semi-árido, comprometendo grande parte dos estados da Região Nordeste. Falta água de boa qualidade também em muitas periferias das metrópoles brasileiras.

Porém, o problema não se restringe à questão da falta d'água. A disponilidade de água de boa qualidade é outro ponto preocupante.

O consumo de água contaminada mata milhões de pessoas anualmente, tendo como causa principal as doenças de veiculação hídrica. Cerca de 2,2 milhões de pessoas morrem a cada ano por consumirem água contaminada, que levam a contrair doenças como disenteria, cólera e hepatite.
 
Quando menos esperarmos a falta d'água pode estar batendo nas nossas portas. 

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