Manguezais: por que preservá-los?
Berçário da vida marinha, o mangue é
região altamente sensível a impactos ambientais. A falta de consciência quanto aos cuidados com os ambientes costeiros, aliado à ganância mercantil e ao despreparo de muitos segmentos sociais, continuam colocando em risco muitos manguezais da costa brasileira.
Há cerca de dez anos atrás, o estado do Rio Grande do Norte teve milhões de metros quadrados de manguezais destruídos pela explosão da carcinocultura. Uma experiência triste e devastadora. Por sua vez, a especulação imobiliária continua sendo uma ameaça permanente aos manguezais.
Precisamos evitar os erros cometidos no passado. O cidadão brasileiro precisa
saber que a cada metro quadrado de mangue destruído, a saúde do nosso
litoral está sendo comprometida, a vida natural está sendo ameaçada.
Dentre tantas funções, o mangue atua como
filtro natural, eliminando resíduos sólidos que são danosos para o
desenvolvimento dos recifes de corais. Quem tem a oportunidade de observar o
mangue de perto, se maravilha com o fervilhar de vida e com a variedade de
espécies que se desenvolvem nesse ambiente, boa parte deles formadores da base
da cadeia alimentar de todo o ambiente marinho.
O mangue não pode ser visto
como um mero lamaçal, precisamos aprender a valorizar esse ambiente da mesma
forma que valorizamos uma lagoa de águas cristalinas ou mesmo uma bela
cachoeira. A beleza do mangue vai além do verde espelhado, característico
da vegetação que o recobre. O maior
valor de um manguezal é o seu poder de gerar a vida e como tal ele precisa ser
preservado.
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