sábado, 31 de agosto de 2013

Manguezais: por que preservá-los?

          Berçário da vida marinha, o mangue é região altamente sensível a impactos ambientais. A falta de consciência quanto aos cuidados com os ambientes costeiros, aliado à ganância mercantil e ao despreparo de muitos segmentos sociais, continuam colocando em risco muitos manguezais da costa brasileira.
          Há cerca de dez anos atrás, o estado do Rio Grande do Norte teve milhões de metros quadrados de manguezais destruídos pela explosão da carcinocultura. Uma experiência triste e devastadora.  Por  sua vez, a especulação imobiliária continua sendo uma ameaça permanente aos manguezais.
          Precisamos evitar os erros cometidos no passado. O cidadão brasileiro precisa saber que a cada metro quadrado de mangue destruído, a saúde do nosso litoral está sendo comprometida, a vida natural está sendo ameaçada. 
          Dentre tantas funções, o mangue atua como filtro natural, eliminando resíduos sólidos que são danosos para o desenvolvimento dos recifes de corais. Quem tem a oportunidade de observar o mangue de perto, se maravilha com o fervilhar de vida e com a variedade de espécies que se desenvolvem nesse ambiente, boa parte deles formadores da base da cadeia alimentar de todo o ambiente marinho.
          O mangue não pode ser visto como um mero lamaçal, precisamos aprender a valorizar esse ambiente da mesma forma que valorizamos uma lagoa de águas cristalinas ou mesmo uma bela cachoeira. A beleza do mangue vai além do verde espelhado, característico da  vegetação que o recobre. O maior valor de um manguezal é o seu poder de gerar a vida e como tal ele precisa ser preservado.

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