Qual a idade das águas?
Você já parou para pensar sobre a idade da água que você está bebendo? Essa pergunta, um pouco desconcertante, não costuma passar por nossas cabeças. Será que existe água nova? Existirá água velha? A rigor, segundo os especialistas no assunto, não existe água nova no planeta Terra. Os estudos que tratam dessa questão consideram que a água hoje existente no nosso planeta foi gerada durante o processo de formação da Terra, há pelo menos quatro bilhões de anos atrás. Em outras palavras, não existem evidências científicas de que estejam sendo gerados volumes significativos de água primária no nosso planeta. Na verdade, o que observamos é um processo de renovação dos mananciais de águas superficiais e subterrâneas no planeta através do conhecido "ciclo das águas".
Mas é possível se falar numa escala relativa de idade para a água consumida por nós. Essa questão costuma ser tratada em termos do “tempo de residência” da água nos diferentes tipos de mananciais existentes, sejam eles superficiais, sejam subterrâneos. Vejamos alguns exemplos: a água que recolhemos durante uma chuva pode ser considerada como uma água nova; o mesmo não podemos dizer de uma água recolhida na foz de um rio, por exemplo, na foz do rio Potengi. Neste caso, essa água pode ter alguns anos, desde que ela foi incorporada à massa total de água que se desloca ao longo do leito do rio; já quando tomamos uma água retirada de um poço, é muito provável que estejamos bebendo uma água com pelo menos algumas centenas de anos, contados a partir do momento em que ela se infiltrou no terreno. Na Europa, é comum a venda de água mineral retirada de geleiras, nesse caso as águas têm idades da ordem de milhares de anos. Em algumas geleiras do hemisfério Norte já foram determinadas idades de até 20 mil anos.
Os hidrogeólogos consideram que as águas mais antigas são aquelas armazenas no interior da terra, em reservatórios subterrâneos, conhecidos como aqüíferos confinados. Em reservatórios desse tipo existem armazenadas as chamadas “águas fósseis”, que podem ser definidas como sendo aquelas “águas infiltradas num aqüífero, numa época geológica passada, há milhares ou milhões de anos, sob condições climáticas e morfológicas diferentes das atuais e armazenadas desde então”. Em alguns casos, podemos encontrar águas fósseis com idade superior a cem milhões de anos.
Podemos perguntar, então: Será que existem águas tão antigas assim no estado do Rio Grande do Norte? Para ilustrar melhor esse assunto, um morador de Mossoró, quando enche um copo de água na torneira de sua casa, está contemplando uma água que pode ter pelo menos dez mil anos de idade. Neste caso específico, não estamos tratando, a rigor, de “água fóssil”. Mas estamos nos referindo a águas muito antigas, armazenadas no aqüífero Açu, principal fonte de água potável para a região de Mossoró. Essa água faz parte do ciclo hidrológico e se desloca no interior das rochas com velocidade de alguns centímetros por ano. Você não acha que uma água dessas merece respeito?
Mas é possível se falar numa escala relativa de idade para a água consumida por nós. Essa questão costuma ser tratada em termos do “tempo de residência” da água nos diferentes tipos de mananciais existentes, sejam eles superficiais, sejam subterrâneos. Vejamos alguns exemplos: a água que recolhemos durante uma chuva pode ser considerada como uma água nova; o mesmo não podemos dizer de uma água recolhida na foz de um rio, por exemplo, na foz do rio Potengi. Neste caso, essa água pode ter alguns anos, desde que ela foi incorporada à massa total de água que se desloca ao longo do leito do rio; já quando tomamos uma água retirada de um poço, é muito provável que estejamos bebendo uma água com pelo menos algumas centenas de anos, contados a partir do momento em que ela se infiltrou no terreno. Na Europa, é comum a venda de água mineral retirada de geleiras, nesse caso as águas têm idades da ordem de milhares de anos. Em algumas geleiras do hemisfério Norte já foram determinadas idades de até 20 mil anos.
Os hidrogeólogos consideram que as águas mais antigas são aquelas armazenas no interior da terra, em reservatórios subterrâneos, conhecidos como aqüíferos confinados. Em reservatórios desse tipo existem armazenadas as chamadas “águas fósseis”, que podem ser definidas como sendo aquelas “águas infiltradas num aqüífero, numa época geológica passada, há milhares ou milhões de anos, sob condições climáticas e morfológicas diferentes das atuais e armazenadas desde então”. Em alguns casos, podemos encontrar águas fósseis com idade superior a cem milhões de anos.
Podemos perguntar, então: Será que existem águas tão antigas assim no estado do Rio Grande do Norte? Para ilustrar melhor esse assunto, um morador de Mossoró, quando enche um copo de água na torneira de sua casa, está contemplando uma água que pode ter pelo menos dez mil anos de idade. Neste caso específico, não estamos tratando, a rigor, de “água fóssil”. Mas estamos nos referindo a águas muito antigas, armazenadas no aqüífero Açu, principal fonte de água potável para a região de Mossoró. Essa água faz parte do ciclo hidrológico e se desloca no interior das rochas com velocidade de alguns centímetros por ano. Você não acha que uma água dessas merece respeito?
Retirado do livro "Pedagogia da Água - Sobre o papel do cidadão
na preservação dos recursos hídricos"
Autor: João de Deus Souto Filho (Natal - RN)
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