sexta-feira, 17 de outubro de 2014

São Paulo: chuva que não chega

Já são quase 14 milhões de paulistanos sem água e a crise hídrica na região metropolitana de São Paulo se agiganta.
 
Os especialistas sabem e os estudos demonstram que a solução para a falta de água na maior metrópole brasileira não é imediata. Nos próximos meses os mananciais serão mais demandados, mantendo a tendência de redução dos volumes armazenados. E os impactos da escassez de água vão continuar refletindo negativamente na qualidade de vida do cidadão paulistano. 
 
O governo tenta iludir a população, afirmando que a situação está sob controle. Na realidade, o sistema de abastecimento de água da cidade de São Paulo já entrou em colapso. A situação é mesmo muito crítica. Para complicar mais ainda a situação, algumas cidades do interior já declararam estado de emergência em função da falta d'água.
 
Enquanto isso, são registrados atos de desperdício que revelam o quanto precisa ser feito para alterar hábitos antigos, que só agravam a situação. Em alguns bairros da cidade, onde a água ainda está chegando com certa regularidade, são observadas pessoas varendo calçadas com a famigerada "vassoura d'água" e carros são vistos sendo lavados nas portas de algumas casas com a mangueira aberta. Nas famílias mais abastadas, o banho demorado continua inalterado e um grande contingente de jovens ainda permanece sem a mínima noção do que significa fazer uso racional da água, com a falsa ideia de que a água é um recurso infinito.
 
Como a crise está longe de ser ultrapassada, a cidade precisa aprender uma nova lição: como manter a qualidade de vida com pouca água. Uma tarefa difícil para quem sempre viveu na abastança.
 
Na outra ponta da linha, os administradores públicos estão tomando consciência de que não se pode tratar as questões de abastecimento de água com amadorismo, sem levar em conta os alertas dados pelos especialistas que estudam o tema. E que a segurança hídrica de um contingente populacional como São Paulo deve ser colocado em primeiro plano.
 
Na situação atual, parece que só resta ao cidadão paulistano rezar para São Pedro ou se reunir com os vizinhos para fazerem a dança da chuva. Se as preces e as danças funcionarem, o problema da falta d'água deverá estar solucionado no prazo de dois ou três anos.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial