domingo, 8 de novembro de 2015

Brasil 2040 - Cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima


Adequar a infraestrutura urbana, industrial e agrícola à mudança do clima é uma tarefa desafiadora.

Em um país com dimensões continentais, como o Brasil, essa tarefa exige tempo, bom planejamento e aplicação de vultosas quantias de recursos financeiros. Também exige a implementação de projetos com visão de longo prazo.

O governo federal disponibilizou na semana passada os primeiros resultados do estudo denominado ““Brasil 2040: cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima”. O objetivo desse estudo foi “estimar como as mudanças climáticas afetariam os setores econômicos em diferentes horizontes e sugerir estratégias de prevenção e de aumento de resiliência de diferentes sistemas que poderiam ser afetados”.

Todo o material produzido nesse estudo foi disponibilizado na internet para acesso público, que pode ser feito através do endereço http://www.sae.gov.br/imprensa/noticia/brasil-2040-cenarios-e-alternativas-de-adaptacao-a-mudanca-do-clima/.  Alguns dos relatórios são extensos mas vale a pena tomar conhecimento do conteúdo dos mesmos.

Várias modelagens de variação do clima foram feitas, utilizando “modelos de clima global”, e escolheu-se dois cenários distintos que “derivaram hipóteses de comportamento climático para o território brasileiro em 2040”.

Esses estudos revelaram que a mudança do clima vai provocar alterações significativas em várias regiões, a começar pelas áreas costeiras, onde existem aglomerados urbanos de grande porte, com reflexos nas condições de habitabilidade, na estrutura de transporte e armazenamento, nos portos e nos parques industriais. Uma das áreas costeiras mais impactadas será a Baixada Santista, que para sua adequação ao novo padrão climático exigirá a implementação de obras de grande porte.

Também haverá necessidade de se alterar a estrutura de armazenamento e distribuição de água potável tanto para as áreas urbanas como para suportar as atividades industriais e agrícolas, como por exemplo o reforço em barragens já existentes e a construção de novas barragens em posições estratégicas. 

Recomendamos a leitura do material gerado na terceira e quarta etapas do estudo que tratam dos seguintes pontos:

- Terceira etapa, que consistiu em "analisar os impactos sobre a população, sobre os recursos naturais e sobre alguns setores econômicos, considerando variações climáticas e disponibilidade de recursos hídricos".

- Quarta etapa, que consistiu na "identificação de algumas medidas de adaptação ao cenário associado às projeções".  

Considerando que os estudos iniciais já foram concluídos e disponibilizados, é hora de botar a mão na massa, visando a efetivação das recomendações feitas. 

A mudança climática não é mais uma hipótese futura. Ela já está acontecendo. E cada minuto perdido implica no aumento dos riscos envolvendo a nossa segurança como elementos da cadeia produtiva e cidadãos.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial