sábado, 17 de outubro de 2015

Água: o quanto estamos despreparados para a mudança climática?


Todos os centros de pesquisa que trabalham com meteorologia reconhecem que o planeta está passando por um momento de mudança climática. Os registros históricos e paleontológicos demonstram que a cada grande mudança climática se verifica uma redistribuição da “água doce” na superfície do planeta. Isso significa dizer que regiões outrora úmidas podem passar a apresentar um clima seco e vice-versa. 


Se essa mudança de clima já é reconhecida, como estamos nos preparando para ela? Que ações estão sendo tomadas nas diferentes esferas (municipal, estadual e federal) para enfrentarmos esse problema?

Como está sendo trabalhada a questão da “Segurança Hídrica” nas grandes metrópoles brasileiras? Quem está tratando da garantia de disponibilidade de água nos grandes centros industriais e agrícolas do país?

Os problemas enfrentados, por exemplo, pela região metropolitana de São Paulo representam o sinal mais claro de que medidas estruturantes precisam ser tomadas, com visão de longo prazo, para garantir a disponibilidade de água não apenas para a população, mas também para manterem o comércio e a indústria ativos.

No Nordeste brasileiro, por sua vez, se verifica a ampliação da área de desertificação, agravando um problema de falta d’água que é secular. Mesmo na faixa costeira da Região Nordeste, historicamente mais úmida, já existe problema de “estresse hídrico”, particularmente nas regiões metropolitanas (Fortaleza, Recife, Natal e Salvador). O baixo nível das águas na Barragem de Sobradinho é outro exemplo contundente da mudança climática que já acontece.

Considerando que a tendência dessa mudança climática é conhecida, é possível definir estratégias e implementar ações que permitam manter o equilíbrio no abastecimento de água para os Sistemas Urbanos e as Regiões Agrícolas e Industriais. Cabendo a ressalva de que, por envolverem obras de grande porte, esses programas estruturantes devem ser pensados com a antecedência adequada, para permitir que a implementação das ações sejam efetivadas no tempo adequado. 

Até onde sabemos, não existe nenhuma ação estruturada, de caráter multidisciplinar, com foco na adequação dos recursos hídricos das regiões produtivas e mais habitadas do país, tomando por base a questão da mudança climática que estamos vivenciando. O que temos visto são ações corretivas ou emergenciais, que visam “apagar incêndios” pela nossa falta de planejamento.

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